Professora percorre 2.700 km de bicicleta para comemorar cura de câncer
Há cinco anos, a professora de educação física Cristina de Barros, 43, foi operada de um câncer de colo do útero. Sete meses meses depois, retirou um ovário, por causa de um cisto hemorrágico. Para comemorar a cura, ela acaba de percorrer
MINHA HISTÓRIA: CRISTINA DE BARROS, 43
Acabei de voltar de uma viagem de bicicleta passando por todas as capitais do Sudeste brasileiro. Fiz o trajeto, de
Eu não pedalava para valer até 2000, quando me divorciei. Depois da separação, eu estava naquela de pensar: "não sei se me caso (de novo) ou compro uma bicicleta". Naquele momento, achei melhor comprar a bicicleta.
Comecei a pedalar no meu bairro, nos parques Ibirapuera e Villa-Lobos e na USP, que é perto da minha casa. Sou professora de educação física, gosto de esporte, resolvi unir o útil ao agradável.
Conheci a trupe da bike, ouvi falar do cicloturismo e quis experimentar. Eu adoro viajar. Minha primeira viagem de bicicleta foi o Caminho do Sol, de Santana do Parnaíba a Águas de São Pedro, no Estado de São Paulo. São
Eu amei de paixão, fui mordida pelo bicho do cicloturismo, sabia que iria viajar mais. Foi quando, no exame ginecológico de rotina, o teste de Papanicolau detectou o câncer de colo do útero.
Esse câncer é assintomático, se você não faz o exame preventivo pode ficar anos sem saber que tem a doença. A sorte é que descobri logo, peguei o bicho no laço.
VIRADA DO AVESSO
Foi em agosto de 2005, eu estava com 38 anos. Um mês depois fui para a mesa de cirurgia. Retiraram todo o útero. Eu não tenho filhos, mas não faz mal, tem tanta criança aí para ser adotada.
Na cirurgia, fizeram um corte de
Fiquei um mês sem poder sair da cama e mais três meses sem fazer atividades físicas. Uma tortura para mim, que sempre fui muito ativa. Quando estava recomeçando, fazendo caminhadas leves, tive um cisto hemorrágico em um dos ovários.
Eu ia completar sete meses da primeira operação e fui para a mesa de cirurgia de novo. O ovário estava inchado, os médicos não sabiam se era decorrência do câncer.
Mesmo assim, eu não fiquei preocupada com a cirurgia. Mas a recuperação me preocupava. Foram mais quatro meses de molho.
Certos dias, eu tinha de me jogar da cama para fazer alguma coisa. Eu não queria nem acordar.
Mas acho que 90% da recuperação depende da gente, 10% da medicina. Se isso é algo comprovado, eu não sei. Mas acreditei nisso, e brigava comigo mesma para sair de casa, andar de bicicleta.
Cheguei a perguntar para a médica se tinha um comprimidinho para levantar o astral. Ela me disse que até tinha, mas que, para mim, pedalar era o melhor remédio.
Então eu ia. Pegava a bicicleta e falava "não gosto de você", mas pedalava. No final de 2006, eu já tinha retornado ao ciclismo.
Fonte da pesquisa:http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2010/08/22/professora-percorre-2700-km-de-bicicleta-para-comemorar-cura-de-cancer.jhtm
Link da entrevista para radio CBN:http://cbn.globoradio.globo.com/programas/revista-cbn/2010/08/29/PROFESSORA-COMEMORA-SUA-CURA-COM-PEDALADAS-PARA-DIVULGAR-EXAMES-PREVENTIVOS.htm
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